quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre o 32x da sega

32X - Este foi o grande "fora"da Sega e seu maior erro na história dos videogames. O 32X era um precursor do que viria a ser o Saturn, mas veio na forma de um periférico externo que se encaixava no Mega Drive/Genesis e prometia gráficos poligonais de extrema qualidade (até 50 mil polígonos). Além de mostrar 32.000 cores simultâneas na tela, ele tinha 2 processadores próprios SH2, da Hitachi, e 1 co-processador, e vinha com mais 512 KB de memória RAM. O 32X poderia era encaixado em cima do console, e poderia ser utilizado em conjunto até mesmo com o Mega CD/Sega CD

Na foto acima podemos ver o 32X acoplado a um Sega Genesis.
Em termos de suporte, o 32X foi um fiasco (90 jogos foram produzidos, a maioria conversões de títulos existentes, com a fórmula já desgastada). Apesar de seu relativo poder gráfico, a concorrência já preparava algo bem melhor (o Playstation) no ano de seu lançamento, e devido à pouca base instalada, a própria Sega já desenvolvia um sucessor (o Saturn). Lançado em 1994, o 32X foi um retumbante fracasso e durou pouco mais de 1 ano no mercado. O mundo aprendeu com este episódio que upgrades de consoles só serviam para dividir a base instalada e gerar prejuízo para o fabricante. 
Os jogos que foram lançados se tornariam raridades instantâneas, dispostas a preencher a estante de qualquer colecionador:
 
Doom foi uma das poucas conversões decentes
para o periférico 32X.
Virtua Fighter não chegava nem perto do arcade
em termos gráficos , mas a boa jogabilidade
continuava intacta.
Virtua Racing Deluxe, o precursor dos jogos de
corrida poligonais. 
Space Harrier também esteve presente no 32X.
O sangue de Mortal Kombat ficava mais realista no
periférico da Sega. 
E Motocross Championship, um jogo de motocas. 
Tempo, o simpático joguinho de plataforma e música.  Kolibri, um jogo de tiro com gráficos estupendos.
Entre os diversos outros periféricos lançados para o console da Sega, não podemos nos esquecer do controle de 6 botões (utilizado para jogar Street Fighter II), o Activator (aquela espécie de tapete onde o usuário pisava e controlava o movimento na tela), um modem (lançado apenas no Japão e Brasil), pistola, mouse e o inútil conversor para rodar jogos de Master System
O Mega Drive nunca alcançou o status de console mais vendido do Japão, embora o Genesis tenha sido líder indiscutível de mercado até 1993, graças às mancadas da Nintendo como a excessiva censura em seus jogos, o processador lento do SNES (que era uma mina de ouro para os marketeiros da Sega) e a entrada tardia dele em solo americano (no final de 1991). 
Com o lançamento de Donkey Kong Country em 1994 e a salada de periféricos da Sega, entretanto, o jogo mudou, e os consumidores americanos perderam a fé no Genesis, que afundou vagarosamente até ser descontinuado em 1997 frente a concorrência de Playstations, Saturns e N64s.
Mesmo assim, o Mega Drive/Genesis pode ser considerado o melhor console fabricado até hoje pela Sega (pelos excelentes jogos), e para muitos outros jogadores e fãs, ele foi simplesmente o melhor console da história.


* Mais curiosidades sobre o Mega Drive. Abaixo vemos um sistema para Karaokê, modo de entretenimento amado pelos japoneses. 
** E o Wonder Mega, o clone do Mega Drive + Mega CD produzido sob licença da JVC.
*** As fotos dos jogos do Sega CD são de propriedade do site Shin Force.              

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