quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre o Atari 7800

A ATARI LANÇA O 7800 PARA PEGAR CARONA NO SUCESSO DO NES
 
Com o fracasso do Atari 5200 e o iminente sucesso do NES, a Atari já começava a ficar desesperada. Através de uma extensiva pesquisa com usuários, a empresa procurou saber o que eles queriam em um console de videogame. O resultado foi o Atari 7800, que tinha mais memória e um processador e placa de vídeo mais potentes do que os utilizados pelos seus irmãos mais velhos, além de um joystick de excelente qualidade. O Atari 7800 foi mais uma tentativa de retomar o mercado que já tinha sido seu, e estava mudando para mãos japonesas...
Eis o Atari 7800 em toda sua intimidade. 
O joystick que vinha com o Atari 7800 corrigiu todos os defeitos encontrados no malfadado joystick do 5200: era prático, resistente e funcional. Mas, para quem ainda preferia o conforto de um "pad",  similar ao dos concorrentes NES e Master System, era possível utilizar também o Atari Joypad, vendido separadamente em algumas lojas.  
O detalhe interessante da história deste console é que o seu projeto já estava pronto em 1984, quando o Atari 7800 foi anunciado para o público. Só que, devido às turbulências da época, e a venda do controle da firma para a família Tramiel (que não concordava com alguns acordos comerciais feitos anteriormente), o videogame só chegou as prateleiras mesmo em 1986, quando o NES já dominava o mercado. Se ele tivesse sido lançado 1 ano mais cedo, quem sabe, a história seria outra... 
O iMac não foi o precursor da carcaça translúcida. Em 1984, existiam protótipos do Atari 7800
que já esboçavam o ineditismo estilístico. 

O teclado acima foi anunciado com a promessa de transformar o Atari 7800 em um
poderoso computador pessoal, mas ele jamais foi lançado... 
A Atari, como forma de intimidar a concorrência, permitiu aos usuários jogar os clássicos do 2600 (inclusive, todos os periféricos do console lançado em 1977 eram compatíveis com ele) no 7800 sem a necessidade de um adaptador externo. 

O fanático pelo Atari 2600 poderia utilizar todos os seus periféricos e controles guardados no armário no 7800, como o ótimo joystick original, os paddles  e o Atari Video Touchpad. 
Com isso, o console era "marketeado" como o que possuía mais jogos em sua biblioteca... Mas, mesmo assim, bons lançamentos originais fizeram dele uma boa plataforma:
O clássico Asteroids, em versão para o Atari 7800.  Centipede, muito famoso nos fliperamas.  
O fantástico Ikari Warriors e...  Commando: ótimos jogos de tiro para o console.  
Donkey Kong não podia faltar no Atari...  ... e até Mario Bros foi lançado para o console. 
Choplifter: tiro e resgate. E o estranho, mas popular, Joust. 
Direto do Apple II para o Atari 7800: Karateka! 
E Galaga, conhecido no Brasil como Fantastic. 
Ms. Pac Man. Pole Position II 
Robotron, a imitação de Berzerk. Xevious, o nosso "Columbia".  
Uma pena que era tarde para a Atari, já que os jogos de 8 bits de segunda geração já chegavam ao mercado através do NES. Ninguém mais queria saber de Pole Position ou Asteroids; e sim de Mario, Zelda e Castlevania. Os executivos da companhia americana demoraram para perceber a ameaça nipônica, e o novo paradigma imposto pelos japoneses, que a partir de então, passariam a dominar o mercado de jogos com suas mentes criativas e repletas de novas idéias. 
O Atari 7800 morreu em 1988 por absoluta falta de suporte, mas é amado até hoje pelos colecionadores graças às suas excelentes conversões de arcades. No final das contas, o videogame não foi nem uma sombra para o NES e o Master System.
        
* Uma curiosidade interessante: Ao que tudo indica, a Gradiente se preparou  para lançar o Atari 7800 no Brasil, tendo desistido na última hora por conta da descontinuação do console nos EUA. Vocês podem notar que o gabinete do Phantom System, que era nada mais do que um clone do Nintendo 8 bits, tem o mesmo formato do Atari 7800 externamente (na foto abaixo, à direita). Coincidência? Vale lembrar ainda que o Phantom System copiou o design dos joysticks do Mega Drive...  

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