Virtual Boy: este é um nome do qual a Nintendo prefere esquecer. Mostrado pela primeira vez ao público em Novembro de 1994, o "portátil" prometia uma revolução na forma de jogar, embalado pela popularização da realidade virtual. Sua inovação principal consistia no dispositivo (um óculos em forma de monitor) para mostrar imagens em 3D, pela primeira vez utilizado em um videogame. O Virtual Boy foi visionado pelo gênio do hardware Gumpei Yokoi, que também foi o pai do GameBoy e tantas outras criações da Nintendo.
O primeiro portátil de 32 bits da história (6 anos antes do GameBoy Advance) colocou em risco a reputação da Nintendo quando foi lançado no mercado, em Julho de 1995 no Japão, e Agosto, nos EUA. Sua baixa aceitação pelos consumidores de todo o mundo fez as ações da empresa caírem, colocou em cheque o sucesso do futuro Nintendo 64 e queimou institucionalmente o até então inabalável nome Nintendo.
O pai do GameBoy e de tantas outras invenções que ajudaram a construir a reputação da Nintendo em todo o mundo, experimentou o primeiro fracasso de sua vida com o Virtual Boy. Yokoi morreu em 1997, vítima de um acidente de carro, logo após deixar a Nintendo. Sua última criação também foi o maior fracasso da história da Nintendo mundial. | |
Red Alarm era um jogo de naves vetorial, que agradou a muitos possuidores do console. | Telero Boxer enfocava os combates em primeira pessoa, em um jogo de boxe com lutadores do futuro. |
Qual videogame da Nintendo estaria completo sem um jogo do bigodudo Mario? É uma pena que Mario Clash não era lá essas coisas... | Mario Tennis vinha junto com o Virtual Boy, e cumpria muito bem o seu papel de entreter o jogador. |
Wario Land era mais um jogo de plataforma, estrelando o alter-ego de Mario. | E Virtual Fishing, uma pescaria básica. |
Galactic Pinball trazia o pinball para o 3D. | E Insmouse's Mansion, uma mistura de tiro e aventura. |
Golf era um dos melhores títulos pro Virtual Boy. | E Tetris ganha sua versão também em 3D. |
- Falta de portabilidade: o console era desajeitado e muito grande. Não era recomendado jogá-lo em um carro em movimento, por exemplo, pois ele necessitava de uma superfície plana para apoiá-lo;
- 2 cores: a idéia de fazer um console totalmente imersivo tinha o seu custo. O Virtual Boy só exibia o vermelho e o preto, o que irritou muitos jogadores. Se fosse a cores, o seu preço seria exorbitante;
- Falta de jogos: A Nintendo não se empenhou em produzir bons jogos para o Virtual Boy. Muito menos o console tinha apoio de outras produtoras. A decepção foi geral;
- Preço: Lançado por quase US$ 180, e com jogos ruins custando em média US$ 40; não atraiu o interesse do público;
- Suporte: Embora a Nintendo seja expert em marketing, o Virtual Boy jamais mereceu a atenção que os outros consoles da empresa tiveram no seu lançamento. O ainda projeto Nintendo 64 consumia todos os recursos da Big N na época, inclusive o talento do guru Shigeru Miyamoto e dos designers da Rare;
- Cansativo: A pequena tela 3D do console cansava a vista dos jogadores, e não era recomendada para crianças abaixo de 7 anos pela própria Nintendo. Os jogos tinham até uma função de pausa automática para que o jogador desse um descanso na vista depois de alguns minutos.
Em 1997 a Nintendo anunciou a paralisação da produção do portátil para se concentrar nas vendas do Nintendo 64 e GameBoy. Hoje em dia, o Virtual Boy é muito requisitado pelos colecionadores, e é o maior símbolo do fracasso da veterana Nintendo.
Ele é a prova viva de que pessoas visionárias também erram, e muito.
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